Wavves é uma banda americana formada em 2008 em San Diego, Califórnia,banda que para muitos críticos é salvação do rock e que ainda vão dar muito o que falar e há quem diga que eles ainda podem lançar um "novo nevermind" exageros a parte, com seu surf rock, noise pop, indie rock, surf punk, lo-fi, neopsicodelia o Wavves é uma das bandas mais interessantes e verdadeiras do cenário alternativo mundial. Com Nathan Williams, vocal e guitarra,Stephen Pope, baixo e Jacob Cooper, bateria o Wavves tem um arsenal músical em seus 4 albuns de estúdio os dois "homonimos",Wavves (2008) e Wavvves (2009),e os excelentes, King of the Beach (2010) e Afraid of Heights (2013).Vale a dica conferir esse trio que faz um som super sincero e sem firulas.Destaque para o inusitado single de 2011: "I Wanna Meet Dave Grohl" da qual fazem uma homenagem a um grande ídolo da banda ninguem menos que Dave Grohl. Check Out!
terça-feira, 4 de novembro de 2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
A banda de Fortaleza-CE que vem mostrando pro que veio.
A banda Selenya que tem que toca o mais puro som do Melody
Metal (ou mais conhecido por alguns como Gothic Metal) vem fazendo e aparecendo
no cenário do rock nordestino, tivemos uma pequena entrevista com a Vocalista
Cynthya Pettrus, E ela nos contou um pouco mais sobre a banda que vem buscando
mais espaço no cenário nacional, a banda que é composta por, Cynthya Pettrus no
Vocal, Valdenir dos Anjos no Baixo, André França na Guitarra, e Emilia Lima na
Bateria, Sim uma mulher na bateria para quebrar todas as barreiras do som.
Veja como foi nossa conversa.
U.R - Como foi o inicio da banda?? Vocês já se conheciam??
Selenya - Eu e o Valdenir dos Anjos já tínhamos tocado em outros
projetos anteriores e temos em torno de 10 anos de amizade. Depois que conheci
o André França, foi que surgiu a ideia de termos uma banda nesse estilo. A
dificuldade maior foi encontrar um baterista, tivemos alguns, até que
convidamos a Emília Lima para compor o time.
U.R - Rock no nordeste, é difícil??
Selenya - Tocar Rock no Nordeste é no mínimo instigante, já que na nossa
região, predomina o forró, sertanejo, baião e outros. Anteriormente era mais
difícil, mas hoje já contamos com muitos festivais consolidados. Pelo menos no
Ceará, nós temos o Rock Cordel, Festival Ponto CE, Feira da Música, ForCaos,
The Night of Rock, Festival Cuca Independente, Distorção e Grito Rock. O
público vem amadurecendo e comparecendo nesses festivais. Sem falar nas rádios
da web e os programas independentes. Enfim, a cena está crescendo e se
solidificando.
U.R - Foi difícil a decisão de criar suas próprias letras??
Selenya - Desde o início, a ideia da banda era tocar músicas autorais. E
foi muito interessante ver as nossas influências no nosso som.
U.R - O primeiro palco?? Qual foi a sensação de estar fazendo sua música
em um palco pela primeira vez??
Selenya - Tivemos a sorte de estrear no The Night of Rock, um festival organizado
entre amigos e promovido pelo Projeto Mirc. Esse projeto apoia bandas de
Fortaleza e promovem ações para fortalecer a cena local. E fazer parte desse
projeto nos deixa muito orgulhosos. Mais informações é só acessar: http://projetomirc.blogspot.com.br/
U.R - Sobre a virada cultural, qual a importância de tocar nesse evento
para vocês??
Selenya - O concurso promovido pela BUZZSHOW.TV surgiu de
forma despretensiosa, mas com o passar dos dias e como o público vinha
reagindo a votação, começamos a acreditar nessa possibilidade. Confesso
que estou mais entusiasmada com a Seletiva, pensando em tudo o que
pode acontecer lá, já que as 5 mais votadas vão ser avaliadas por jurados
no Estúdio Trama (um local que já recebeu grandes nomes da música). Ficamos
felizes em mostrar que no Nordeste também há rock. Se realmente conseguirmos
passar na seletiva, vai ser a experiência mais impactante das nossas vidas.
U.R - Peçam o voto do publico em sua banda, dizendo por que merecem
tocar.
Esperamos que todos que estejam lendo
essa matéria possam votar na gente, que possam nos ajudar a realizar o nosso
sonho. Queremos mostrar ao Brasil que o Nordeste é rico em arte e cultura e que
preconceitos devem ser quebrados.
Vocês podem encontrar a gente nos
seguintes links:
Desde já, agradecemos a oportunidade
e vamos votar!!!
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
É Halloween, Vamos estourar seus Timpanos (Horror Punk)
Já que é Halloween por que não falarmos um pouco sobre Horror Rock (Horror Punk), Existe muito preconceito nessa vertente musical, pelo simples fato de não compreenderem ao certo de onde, por que e como surgiu.
Então eu vos digo, o Horror Rock, muito conhecido pela maioria como Horror Punk surgiu em Nova Jersey, Estados Unidos, como a maioria dos contos de terror, alienígena e tudo mais que tenha um pouco de horror em seu roteiro.
A banda percursora desse estilo é nada mais que Misfits, de 1977, bem no comecinho da era punk rock, suas letras eram repletas de Terror, Alienígenas, Mortes, Zumbis, e tudo que há de mais aterrorizante.
No Brasil também existem algumas bandas como Pesadelo Brasileiro, Zumbis do Espaço, Nekrotério, Sertão Sangrento, entre muitas outras.
Irei deixar abaixo algumas bandas de Horror Punk nacional, alias o punk rock brasileiro é o maior contribuinte da cena underground nacional.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
De LA para o mundo: FIDLAR
Quando quatro caras com um estilo de vida preguiçoso, sem
emprego e perpetuamente chapados resolvem
fazer um som, eis que surge o FILDAR, ou mais precisamente"Fuck It Dog, Life's A Risk."
A banda de Zac Carper guitarra e vocais ,Brandon Schwartzel baixo , Elvis Kuehn guitarra e vocais e Max Kuehn bateria, é o que de melhor surgiu da nova
safra das bandas californianas nos últimos anos, com um fervor quase que religioso de “garage-Skate/Punk”e com
dois Ep´s lançados a banda se destacou ao sair em turnê com o The Black Lips e
logo em seguida com o The Hives.. Vale muito a pena conferir o incrível trabalho
desta banda de Los Angeles, CA.
Com letras ásperas a banda consegue transformar
sua apatia em combustível criativo para ótimas canções.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Lado B do rock nacional contado em 352 Paginas
Eis que em 2009 surge um livro escrito por Nélio Rodrigues, o livro que contém 352 paginas, intitulado como "História Secretas do Rock Brasileiro" conta um pouco sobre as historias que rondavam o rock nos anos 60, 70 e 80. Antes da industria fonográfica tomar de posse o rock nos anos 80, tinham artistas que faziam o sucesso que eram Mutantes, Raul Seixas, e alguns artistas da Jovem Guarda. Mais nas decadas de 60 e 70 haviam artistas que apareciam, gravava seus ou seu disco e sumia, deixando somente o audio como recordação, Senhor Nélio retrata isso em seu livro, que foi publicado pela Editora Grupo 5W o livro fala bastante sobre o que era o mundo obscuro, conhecido como Lado B do rock nacional.
Ele fala sobre bandas que realmente fazem o feitio do blog, bandas como Som Beat, O Terço, A Bolha, entre algumas outras que mencionarei enquanto conto um pouco mais sobre quem é Nélio Rodrigues.
Nélio além de escrever este livro, também foi escritor de outras obras envolvendo o Rock e o Brasil, ele ainda menciona em uma entrevista concedida ao jornal Estadão que além de ouvir todas as gravações as quais menciona no livro, elas fazem parte da sua coleção, tendo-as em vinil sua grande parte.
Realmente o livro é uma boa pedida para quem quer saber um pouco mais sobre o lado, ainda mais quando Nélio diz também em entrevista para o jornal Estadão que o livro conta a historia do rock dos anos 60, e que pelo vies da jovem guarda, que é só um ladinho da historia, por ser mais conhecido, não conta tudo o que pode ter acontecido naquela decada, mais que seu livro diz sobre historias de um movimento menos popular, que não tiveram suas imagens expostas em outdoors, mais sim bandas como Outcasts, Analfabitles, Som Beat, que nada tiveram a ver como o movimento da Jovem Guarda.
Vamos deixar aqui abaixo alguns videos de algumas das bandas acima mencionadas.
almente por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura,novo-livro-faz-resgate-de-bandas-obscuras-do-rock-nacional,1524641
terça-feira, 28 de outubro de 2014
A nova cara do Hardcore nacional
Original
de Nova Friburgo, interior do Rio de Janeiro, o Malvina surgiu em 2003 como a
maioria das bandas: unindo a vontade de quatro adolescentes de fazer música.
Atualmente, como trio, é composta pelos irmãos Vinícius (voz e baixo) e
Bernardo Dias (voz e guitarra) e Renato Avellar (bateria). Nas influências,
assim como consta o "ABC" do hardcore e punk rock: Ramones, Bad
Religion e NOFX, que são os bases fundamentais para a sonoridade desenvolvida
ao longo desses anos, estão entre elas Opeth, Nirvana, Voivod, Descendents,
Propagandhi, King Crimson e Dead Fish. O
Malvina foi batizado com este nome em homenagem a uma bomba de fabricação
caseira, que relaciona 'barulho' e o 'independente'. Após alguns anos da primeira formação e com
três EPs no currículo, 2010 foi o ano em que saiu do forno o primeiro disco da
banda, ''Claustro''. A
recepção positiva por parte do público (não só brasileiro) fez com que o
Malvina sentisse necessidade de cobrir o lapso com a distribuição e divulgação
de 2010, acreditando que o disco mereça uma boa estrutura para difusão. Agora
em 2014, o álbum foi assinado pela Green Gold Records (EUA). As dez faixas que compõem Claustro são
divididas, igualmente, entre o inglês e o português. Feedbacks positivos já
vieram de público, blogs e rádios da América Latina, Estados Unidos e Ásia. As canções que compõem o EP "Vomit
Juice", lançado virtualmente em 2011, são todas em inglês e resgatam a
sonoridade do punk rock das décadas de 80 e 90. Atualmente,
em 2014, o Malvina se concentra na
produção do segundo álbum, que pretende quebrar o paradigma conservador e restrito de definições,
misturando diversos elementos existentes no Rock n' Roll, Punk, Hardcore,
Metal, Grunge, Progressivo, entre outros.O EP
"Nankeen'' será lançado em Outubro-Novembro desse ano, e é uma prévia do
novo álbum, contendo 2 músicas; 'Nankeen' e 'The Hiding Sun'. A
faixa "The Hiding Sun'' consiste em 4 atos basicamente, e condensa muitas
das influências da banda.
Maycon Rocha da
equipe Under Rock Br bateu um papo com a banda carioca Malvina, se liga na
entrevista irada que os caras deram para o site:
U.R- Como surgiu o Malvina? Contem sobre a
banda, a evolução, as influências e onde pretendem chegar com o som feito por
vocês.
Malvina-
A banda foi algo que surgiu de
forma bastante despretensiosa. Em 2003, a primeira formação do que viria à ser
o Malvina pode ser resumida à vontade de moleques bem novos querendo fazer um
som. Além de nós 2, Carlos Erthal foi o primeiro 'segundo guitarra' da banda, e
a batera foi estreada por Bruna Croce, uma amiga do ensino fundamental. Esse
quarteto seguiu uns 4 meses fazendo covers de bandas que ouvíamos na época,
como o NOFX, quando muito espontaneamente algumas músicas começaram à surgir.
Logo no início de 2004, Renato Avellar, assumiu as baquetas, vindo de uma banda
de metal de Friburgo da época, o Blackenned. Com essa formação, o Malvina
começou a dar os primeiros passos em direção à própria sonoridade, também mais
ativo já, no underground da região. Dispondo de uma casa em uma região mais
isolada da cidade, ficávamos bem a vontade pra ensaiar o quanto nos parecia
necessário, e quanto maior o entrosamento, maior foi sendo o prazer em tocar
também. Dessa época, algumas músicas foram registradas, mas não acreditamos que
tenhamos chegado onde pretendíamos com elas ou que elas nos representem por
serem simples registros do embrião que ainda começava a se desenvolver. Na
realidade, até o Claustro, foi tudo muita experimentação, sem dúvidas pelo fato
de termos começado com a banda muito novos, sem experiência. Em 2006 tivemos
outra mudança na formação, tendo o Maycon, hoje baixista do Hell Oh!, assumido
os vocais por 1 ano. A experiência foi bem positiva pra todos, que crescemos
com as viagens e gravações que rolaram nesse tempo. No meio de 2007, nos víamos
com uma formação já totalmente diferente. De um quinteto, fomos reduzidos pela
primeira vez à um trio. Isso foi um desafio pra parte musical e emocional de
nós 3, que logo decidimos nos focar em produzir o primeiro disco da banda.
U.R- Em 2010 vocês lançaram o
primeiro disco o “Claustro”, logo em seguida em 2011 o EP “Vomit Juice”, como
foi o processo de produção desses discos e o que esperam apresentar com o novo
trabalho que estão prestes a lançar?
Malvina
- Esses 2 trabalhos registrados tem
em comum à forma como foram gravados: sem pré produção, sem click.
Mas são bem diferentes em aspectos como à
intenção. O Claustro nos exigiu bastante minúcia, e apesar da ausência de click
e pré produção, ficamos quase 1 ano no DBass Studio definindo questões de
harmonia, entre outros. A mixagem foi um processo bem longo nesse disco também,
e exigiu muita paciência do nosso querido Davi Baeta. Já no Vomit Juice, apesar
de contarmos com toda a disposição do Daniel Blei, não sentimos necessidade de
termos uma mixagem tão limpa, por questões de conceito, queríamos fazer um brinde
às bandas de punk rock que sempre ouvimos, um som mais direto e um pouco mais
sujo. Já esse novo trabalho, primeiramente um EP de 2 músicas que estarão
incluídas no segundo full da banda, rolou além de pre-produção, uma co-produção
bem presente do Davi Baeta. Nesse material apresentamos um horizonte mais amplo
de influências, fruto do tempo, e ele não soa como nada que registramos até
agora.
U.R -
Quando estão compondo o que mais inspira vocês?
Malvina-Os momentos de composição normalmente acontecem através de impulsos de natureza mais subjetiva que poderíamos chamar de "inquietações". Além desses estímulos basicamente involuntários, temos a própria memória musical, os livros, filmes, e experiências que tenhamos vivido pra impulsionar e dar consistencia à criação.
U.R- As
músicas do Malvina passam um certo ar de protesto, para compor músicas com um
conteúdo tão inovador, vocês devem ler muito. O que estão lendo no momento?
Malvina- Até então, não acreditamos que tenhamos conseguido expressar muito bem nosso posicionamento quanto à essa realidade. É questão de conseguirmos desenvolver a própria linguagem, e com certeza isso é um ponto positivo nesse novo trabalho em relação aos outros.
Vinícius, "Argumentação contra a morte
da arte'' Ferreira Gullar, ''Colapso'' Jared Diamond, ''Por que não sou cristão'' Bertrand Russel e ''Lutando na Espanha'' George Orwell. Bernardo, "Memórias do Subsolo" Fiodor Dostoievski,"A hora dos assassinos" Henry
Miller,"As flores do mal" Charles
Baudelaire e "Sobre a brevidade da vida" Sêneca.
U.R- Recentemente vocês resolveram se tornar um
trio. Com esta formação mais sólida, como um trio, quais foram os pontos que
consideram mais positivos desta transição?
Malvina - Em todas as mudanças quanto a formação que a banda passou, ganhamos um desafio e perdemos uma parte viva de nós. O Malvina sempre foi constituído de amigos, e esse processo sempre gerou bastante dor. Dessa última vez isso foi bem intenso, pela longa amizade com o Fabrício, e pelos 3 anos que vivemos juntos. O ponto positivo e primordial é a sintonia, muito aguçada que sentimos como um trio, já que nós 3 tocamos juntos à 10 anos né? Esse é o ponto pra nós.
U.R-
Quais as expectativas para esta próxima turnê na Argentina? E como está a
agenda da banda atualmente no Brasil?
Malvina- Para nós essa primeira tour pra fora do Brasil representa muito. Representa poder transmitir pra além de fronteiras que não tinhamos imaginado, tudo que captamos nesse tempo de banda. Estamos mais que ansiosos pra chegar a Argentina!
No Brasil não teremos muitas datas ainda esse
ano, devido ao processo de produção desse novo disco decidimos fazer poucos
shows. Temos dia 21 de Novembro, uma data no estado do Rio, e no primeiro final
de semana de dezembro estaremos tocando em cidades do interior de São Paulo.
U.R-
Qual momento vocês consideram o mais importante até agora na carreira da banda?
Malvina- Todo momento foi muito importante e representa algum aprendizado. Mas provavelmente a produção do Claustro foi o momento em que mais aprendemos, com erros e acertos.
U.R- Muitos definem o som da banda como Hardcore
melódico, vocês concordam? Como vocês lidam com esses rótulos?
Malvina- Não acreditamos que essa seja a melhor
classificação pro som que fazemos. Misturamos elementos além do hardcore e do
punk e isso estará cada vez mais claro. Mas a despeito disso, não há problemas
com quem queira nos classificar dessa forma.
U.R- O som de vocês tem um estilo próprio e
muito radical, que é o inverso do que o mercado fonográfico convencional
almeja. Como vocês veem o atual mercado fonográfico?
Malvina- Na nossa ótica a inversão de valores no que se refere à sonoridade e a estética visual nunca foi tão exacerbada como nos dias de hoje. Há a grande tendência dos discos ficarem cada vez mais curtos, sendo substituídos por EPS e singles, os videoclipes passaram a ser regra. Registros físicos foram se tornando cada vez mais escassos e diferentemente do passado basicamente todos os lançamentos são efêmeros, com prazos bem curtos de validade. A maneira como a maior parte das pessoas "consome" a música também mudou drasticamente, a facilidade de acesso que a internet proporciona acabou fazendo com que aqueles discos que antes nossos parentes mais velhos sentavam e ouviam por vezes seguidas agora passem bem rápido pelos ouvidos mais novos, quando inteiros. Os álbuns conceituais ficaram mais escondidos e menos valorizados. Mais resumidamente, por razão de termos hoje o frênesi de um bombardeamento de informações massivo a maioria das coisas se tornou mais superficial e apelativas.
U.R -.
Como é ser uma banda independente no Brasil?
Malvina- Ser independente no Brasil exige muita vontade e força. Além dos incentivos ao cenário independente representarem muito pouco, e o público pros estilos mais distantes do que o mainstream nacional impõe ser estreito, temos aqui uma questão bem difícil de lidar. Já que a música, especialmente a que nós e os nossos camaradas do underground decidimos fazer, não é vista como uma profissão, pra maioria das pessoas ter banda é ter um hobby, e a maioria lida dessa maneira. De fato, é extramente difícil conseguir se manter apenas com os ganhos da banda ao mesmo tempo que é preciso ralar muito e dedicar várias horas de trabalho pra manter a coisa andando. Por isso muitas bandas acabam por estagnar, quando não acabam de vez, pela dificuldade que muitos integrantes têm em conciliar esse trabalho com suas profissões paralelas. Na verdade, somente quando a música aparece em primeiro plano e os integrantes se permitem arriscar tudo por essa vontade mútua é que vemos uma banda ser banda de verdade. Infelizmente não é só tocar, ter uma banda e querer crescer significa dar conta de inúmeras funções, é estar se sempre se dedicando e correndo atrás, abrindo mão de conforto e noites de sono, descartando a ideia de dinheiro como prioridade
U.R-.
Na opinião de vocês, quais são as melhores bandas do cenário independente
brasileiro?
Malvina- Um número considerável de bandas, em áreas diversas tem representado com novos materiais. Leptospirose, Bullet Bane, Menores Atos, Barizon, Hell Oh!, Pense, Plastic Fire, Chuva Negra, Dillema, Rawfire e Bayside Kings são algumas delas.
U.R -Nós
da equipe do Under Rock BR agradecemos pela entrevista e desejamos muito
sucesso para vocês e para finalizar gostaria que vocês mandassem uma mensagem
aos fãs.
Malvina- Aguardem!
Principais links:
Malvina no Soundcloud
"A polêmica nova cara do hardcore nacional. A banda carioca mostra qualidade mesmo no underground e não tem receio de criticar abertamente o cenário rock brasileiro"
- Érica Mendes (Revista Comando Rock)
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Um Professor Rock'n Roll
O professor Emerson Gomes, 36 anos,
casado com Patricia Neves, da aula de Física em escolas publicas e na UNISO
(universidade de sorocaba), Emerson inovou quando colocou em suas aulas um
repertório músical formado por David Bowie, Mutantes, Black Sabbath, Queen, The
Byrds, The Rolling Stones, Pink Floyd entre outras bandas rock’n roll.
Conversamos com o professor para saber
um pouco mais sobre esse assunto.
Abaixo a Entrevista na Integra.
U.R -
De onde surgiu a idéia e como foi a aceitação da iniciativa pelos outros
professores e coordenação da escola??
Emerson - Surgiu de uma conversa com o meu orientador, na
época do mestrado. Como o nosso grupo de pesquisa estudava o uso da cultura pop
no ensino de ciências, percebemos que o rock se valia de um discurso sobre as
ciências, especialmente sobre a Astronomia e a Física.
U.R - Como foi que descobriu que nas músicas existiam
conteúdos que possam ser utilizados no ensino de Física?
Emerson -
Na verdade essa relação eu já havia percebido desde a adolescência, quando
comecei a ouvir conjuntos de rock progressivo que traziam temas científicos em
suas letras: Pink Floyd, Van der Graaf Generator, entre outras.
U.R - Quais são as
principais bandas que você usa para essas aulas??
Emerson - David Bowie (“Space Oddity”); Mutantes (“2001”); Black
Sabbath (“Iron Man”); Queen (“'39”); The Byrds (“Mr. Spaceman”); The Rolling
Stones (“20000 Light Years From Home”); Pink Floyd (“Astronomy Dominé”)
U.R - Qual foi a
aceitação dos alunos?? Entre o meio dos quais não costumam ouvir o tipo de
música, como ficou o ambiente??
Emerson
- Com estranhamento no início, mas ao
contextualizar com os temas da Física, interessaram-se bastante pela abordagem.
O ambiente de sala de aula adquire características dialógicas, ou seja, os
estudantes manifestam-se e debatem os temas científicos de forma entre si,
promovendo um interessante processo de aprendizagem.U.R -
U.R - Você só usa
músicas conhecidas ou existe alguma banda underground também explorada??
Emerson
- Já utilizei artistas independentes em
algumas situações de aprendizagem. Karina Buhr e Céu, que não são artistas de
rock, mas que pertencem a um circuito independente de música.
Além disso, algumas canções vão além dos hits. Vide o caso da
canção dos Stones que uso, que não é tão conhecida do público geral.
U.R - Existe alguma banda nacional sendo usada nessas aulas
também??
Emerson
- Os já citados Mutantes e estou analisando
a possibilidade do uso de Novos Baianos e Violeta de Outono.
U.R - Qual foi a importância do rock visto nas salas de aula
pelos alunos que você considera importante??
Emerson
- A possibilidade de trazer o que o
pedagogo francês Georges Snyders denomina de satisfação cultural no ambiente
escolar. Pois o estudante interage com um produto cultural e reconhece visões
sobre a ciência num estilo musical que é do cotidiano de muitos jovens.
U.R - Fazendo isso você se considera um fomentador da
cultura??
Emerson
- Complicado definir num curto prazo.
Poderia afirmar que me considero um professor que busca trazer um diálogo entre
ciência, arte e cultura nas aulas da educação básica.
U.R - Deixe uma consideração final sobre a importância do
rock para o ensino de física, e para você!
Emerson
- O rock permite um diálogo com diversas áreas da Cultura, aproximando o
ouvinte da literatura, da ciência e da política. É nesse sentido que ele me
influenciou e é nesse sentido que busco trazer uma visão interdisciplinar da
Física em minhas aulas.